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Entenda por que ser workaholic não te levará ao sucesso

Pesquisas mostram que ser workaholic é bastante diferente de estar engajado ou altamente envolvido com o trabalho.

Como qualquer vício, o workaholism frequentemente traz consequências bastante negativas para a vida e saúde do indivíduo.

O que leva uma a ser viciada em trabalho? Os gatilhos para esta compulsão frequentemente são reflexo de uma associação entre um ambiente ou carreira de alta demanda e aspectos psicológicos individuais. Independente dos motivos que disparam tal comportamento, o importante é esclarecer que ser workaholic não trará benefícios nem para o indivíduo e tão pouco para as empresas.

Você provavelmente já ouviu falar bastante a respeito do termo “workaholic”, estou certa? Acredito também que seja bem fácil para você enumerar umas 2 ou 3 pessoas que se enquadrem nesse perfil, não é mesmo? Eventualmente, até você se identifica com o termo. Pois é, nos últimos anos o termo workaholic se tornou bastante popular. Mas infelizmente esta não é uma boa notícia, apesar de muitos ainda acreditarem que o “workaholism” é sinônimo de sucesso na carreira e/ou prosperidade para as empresas.

Mas para manter todo mundo na mesma página, vamos a definição mais aceita sobre o que realmente significa ser “workaholic”. Trata-se de uma pessoa viciada em trabalho, com uma necessidade desenfreada por trabalhar. Normalmente são indivíduos que ficam constantemente pensando no trabalho, mesmo durante as horas de descanso ou nos momentos com a família e/ou amigos. Estes pensamentos persistentes levam a compulsão, que induzem a pessoa a trabalhar por muitas horas, muito mais do que realmente seria esperado para seu cargo ou função.

Como qualquer vício, o workaholism frequentemente traz consequências bastante negativas para a vida e saúde do indivíduo. Mas é bastante comum não levarmos a sério o impacto negativo desta condição, e diferente do que vemos para os vícios “reais” (drogas, álcool, jogo, etc). Neste caso, as pessoas tendem a acreditar que é algo menos importante e que não exige tanta atenção.

Você deve estar se perguntando, o que leva um indivíduo a ser viciado em trabalho? Bem, os gatilhos para esta compulsão frequentemente são reflexo de uma associação entre um ambiente ou carreira de alta demanda e aspectos psicológicos individuais. Por exemplo, uma pessoa pode se tornar workaholic para preencher certas necessidades, como sentir-se competente ou receber reconhecimento, especialmente se não possui estes atributos em outras áreas de sua vida. Um outro gatilho bastante comum é a necessidade de “esconder” ou ignorar questões e aflições emocionais, de maneira que ocupar-se com o trabalho funciona como uma espécie de válvula de escape. Independente dos motivos que disparam tal comportamento, o importante é esclarecer que ser workaholic não trará benefícios nem para o indivíduo e tão pouco para as empresas.

Pesquisas mostram que ser workaholic é bastante diferente de estar engajado ou altamente envolvido com o trabalho. A principal diferença entre estas duas condições é que no primeiro caso as pessoas trabalham por que sentem que são obrigadas a fazê-lo, e consequentemente, sentem culpa, ansiedade e uma variedade de outras emoções negativas associadas ao trabalho. Já aqueles profissionais altamente engajados, sentem-se felizes, completos e altamente motivados a dedicar grande parte do seu tempo ao trabalho, vivenciando uma série de emoções positivas relacionadas a sua carreira. É exatamente este gatilho interno emocional que faz toda a diferença no desfecho de cada uma dessas condições.


De acordo com pesquisas, o workaholism está associado a uma variedade de consequências negativas para o indivíduo, como baixa satisfação pessoal e profissional, diminuição da produtividade, sobrecarga emocional e de estresse, piora da saúde física e mental e até mesmo aumento da pressão arterial (importante fator de risco para infartos, derrames e outras complicações cardiovasculares). Além disso, estudos vêm mostrando que apesar dos workaholics passarem mais tempo trabalhando e pensando em trabalho, não existe nenhuma evidência de que tais comportamentos contribuam para uma melhor performance do indivíduo ou da empresa.

É muito importante que os líderes e gestores das organizações não estimulem tal comportamento e criem um ambiente de trabalho saudável. Incentive seus colaboradores a respeitarem as pausas e os dias livres. Esteja atento aos sinais e busque ativamente combater a perpetuação de comportamentos compulsivos e exagerados que podem induzir seus colaboradores a acreditarem que o workaholism é o melhor caminho para o sucesso.

Precisa de ajuda para criar uma cultura mais saudável na sua empresa? Manda uma mensagem para gente aqui 😉


Um abraço e até o próximo post!


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