Entenda como os níveis motivacionais e de estresse podem impactar os planos de melhoria contínua das organizações.
Como é possível potencializar a produtividade e garantir o bem-estar de toda a equipe?
Temos falado bastante aqui no blog sobre a importância de ter uma vida mais equilibrada e com menos estresse para atingirmos nossas metas e sermos mais produtivos. Isso é uma verdade enquanto sucesso individual, mas pode ser extrapolado para o ambiente corporativo.
Um número cada vez maior de empresas está repensando seus programas de recompensa, desenvolvimento e retenção/atração de talentos, apostando nos investimentos em estratégias de promoção de bem-estar.
Você pode estar se perguntando, mas o que está gerando este movimento? Primeiro, vale ressaltar que esta não é uma preocupação recente. Este novo olhar se iniciou décadas atrás, focado inicialmente em questões relacionadas à saúde física e à segurança do colaborador. Hoje, no entanto, o conceito de bem-estar ganhou novas camadas, passando por aspectos que envolvem o equilíbrio emocional, saúde mental, física e até mesmo a saúde financeira.
Os números das pesquisas realizadas no ambiente corporativo também impulsionaram esta mudança de mindset nas organizações. Não é de hoje que os altos níveis de estresse no mundo dos negócios preocupam a sociedade de maneira geral, visto que transtornos como o Burnout são cada vez mais frequentes em empresas dos mais variados setores de atuação. Enquanto os trabalhadores com menor nível hierárquico reclamam da sobrecarga de trabalho, da pressão pelos resultados e da falta de flexibilidade e autonomia, gestores e líderes com cargos de maior hierarquia se queixam da infinidade de e-mails e demandas urgentes que os impossibilitam de se desconectarem verdadeiramente de suas atividades. A cultura do 24/7 que permeia o ambiente de trabalho de muitas organizações tem piorado o quadro de sobrecarga de estresse que já era alarmante.
Uma pesquisa realizada nos EUA mostrou que 40% das pessoas afirmam que seus empregos são extremamente estressantes e mais de 70% delas vivenciam sintomas físicos e psicológicos em função da alta carga de estresse. Esses fatores além de impactarem negativamente na saúde e na convivência das pessoas com seus amigos e familiares, também prejudicam drasticamente a produtividade e capacidade de entrega do colaborador, custando anualmente uma média US$ 300 bilhões devido à perda de produtividade. À medida que o estilo de trabalho e nossa interação com ele muda, tornando difícil a separação entre vida pessoal e profissional, garantir o bem-estar das pessoas se torna uma espécie de responsabilidade social corporativa, além de uma importante estratégia para impulsionar a produtividade e engajamento do colaborador.
Neste cenário, um número crescente de empresas tem buscado ideias inovadoras para promoção de bem-estar, incluindo coaching e ferramentas para saúde financeira, programas de cuidado com a saúde que incluem diagnóstico, consultas, nutrição e atividade física, mindfulness, qualidade de sono, controle do estresse, programas de atenção à saúde mental e emocional, dentre outros. Associado aos programas de bem-estar, as empresas também entendem a importância de desenvolver suas lideranças e implementar mudanças na cultura organizacional para que ocorra um alinhamento capaz de sustentar e fortalecer os investimentos realizados.
O crescimento do mercado de bem-estar corporativo (que inclui apps, programas de desenvolvimento e aprendizagem corporativa, serviços e outras soluções) é visível: nos EUA já alcançou aproximadamente US$ 8 bilhões e a expectativa é que ultrapasse os US$ 11 bilhões até 2021, segundo dados da IBIS World.
Apesar dos investimentos, o caminho para a real promoção do bem-estar corporativo ainda é longo. Segundo pesquisa realizada pela Delloite em 2018, existe ainda uma lacuna importante entre aquilo que as empresas entendem e oferecem como estratégias de promoção de bem-estar para o colaborador e aquilo que os mesmos necessitam e valorizam. Aspectos como maior flexibilidade de horários, programas de atenção à saúde mental e design do ambiente de trabalho chegam a ter gaps superiores a 40%, comparando a importância dada pelo colaborador e a oferta de programas/ações pelas empresas.
Sendo assim, dada a importância do tema para as empresas, em busca de maior produtividade, engajamento e potencial competitivo na atração de talentos, um entendimento mais profundo a respeito dos reais aspectos que geram bem-estar nas pessoas é fundamental para o desenho de programas mais eficientes e capazes de trazer o retorno de investimento esperado.
E a sua empresa? O que tem feito para melhorar o bem-estar da equipe? Conta para gente e se precisar de uma ajuda, entre em contato ;)
Um abraço e até o próximo post!
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