A baixa qualidade do sono impacta a saúde dos colaboradores e a qualidade do trabalho.
Quais conexões existem entre uma boa noite de sono e a perfomance diária da sua equipe?
Dormir bem é uma daquelas regras fundamentais que vemos em todos os blogs e matérias sobre qualidade de vida. Uma boa noite de sono (regularmente) é indispensável para mantermos nosso corpo e mente em equilíbrio.
A privação de sono pode trazer consequências bastante negativas para o indivíduo, desde a perda de concentração e produtividade, até doenças mais sérias como Hipertensão e Burnout.
Recentemente li uma matéria super interessante a respeito de uma empresa que pagava seus funcionários para dormirem melhor. Isso mesmo! A Aetna, uma empresa norte-americana de planos saúde, resolveu dar uma recompensa para aqueles colaboradores que dormem pelo menos sete horas por noite. O colaborador pode ganhar até US$ 300 a mais no seu salário por ano, apenas por adquirir o hábito de dormir de maneira satisfatória. O programa foi criado em 2009 devido à preocupação da empresa com o impacto da falta de sono no desempenho dos funcionários. A cada ano o número de participantes só cresce, e em 2015, quase metade dos colaboradores da Aetna (12 mil pessoas) já tinham aderido ao programa.
As pesquisas em neurociência mostram que a privação de sono é bastante prejudicial para o funcionamento do cérebro. Um estudo recente, realizado com animais, mostrou que a privação de sono pode gerar um excesso de ativação de algumas células responsáveis pela “limpeza” do cérebro. As chamadas células gliais, dentre muitas outras funções, são responsáveis por remover células danificadas e substâncias indesejadas produzidas naturalmente durante o funcionamento cerebral. Esta limpeza ocorre majoritariamente durante o sono, mas para que seja bem sucedida, é importante que este sono seja de qualidade. O que a pesquisa mostrou é que a privação de sono torna as células gliais muito ativas, aumentando o risco de que partes saudáveis do cérebro também sejam removidas durante este processo de limpeza. A alta atividade das células gliais está associada com uma maior predisposição para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, o que torna os resultados da pesquisa ainda mais preocupantes.
Nos últimos anos um número cada vez maior de empresas vem se preocupando com a qualidade do sono de seus colaboradores e diferentes ações tem sido adotadas para trabalhar esta questão nas organizações. A Johnson & Johnson, por exemplo, oferece aos funcionários um programa digital de coaching para combater a insônia, que envolve um diário de sono online e vídeos de relaxamento para mobile. E é claro que eu não poderia deixar de mencionar o Google, com a iniciativa denominada Sleeposium, que são simpósios informativos que revelam as vantagens do bom sono e dão dicas práticas para ajudar os funcionários a dormirem melhor.
O fato é que a baixa qualidade do sono afeta a produtividade e os custos de saúde com o colaborador. Uma pesquisa de Harvard estimou que o trabalhador médio perde 11,3 dias de trabalho por ano devido à falta de sono. Calcula-se que isso chegue a uma perda anual de US$ 63,2 bilhões à economia americana.
Investir na qualidade de vida da sua equipe pode trazer um retorno inestimável, pois afeta não apenas financeiramente a empresa, mas também promove mais saúde e bem-estar para o seu time. Quais ações sua empresa poderia fazer para melhorar o sono e a qualidade de vida dos colaboradores?
Pense nisso e conte conosco para ajudar neste desafio!
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